A Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH) enviou ofícios a duas redes sociais nesta terça-feira (15) exigindo explicações sobre a disseminação de conteúdos perigosos voltados a crianças e adolescentes. A iniciativa ocorre após a morte de Sarah Raíssa, de 8 anos, vítima do chamado “desafio do desodorante”.
A menina inalou gás de aerossol ao participar da trend e sofreu uma parada cardiorrespiratória no último domingo (13). O caso chocou o país e reacendeu o debate sobre a responsabilidade das plataformas digitais.
No documento, a presidente da comissão, senadora Damares Alves (Republicanos-DF), questiona quais medidas preventivas as plataformas adotam para impedir a veiculação desse tipo de conteúdo. Ela também cobra informações sobre as ações imediatas tomadas quando esses vídeos são identificados e como as empresas apuram responsabilidades nesses casos.
“Se existem mecanismos de segurança, eles claramente falharam. Uma criança de apenas oito anos conseguiu acessar e participar de um desafio que resultou em sua morte. Quem publicou esse conteúdo deve ser punido, mas as empresas também precisam agir com mais responsabilidade”, afirmou Damares.
A senadora ainda deve se reunir com representantes das redes sociais nos próximos dias para cobrar respostas e apresentar novas propostas de regulação.