Felipe Bressanim Pereira, mais conhecido como Felca, mobilizou a internet ao publicar um vídeo de cerca de 50 minutos denunciando a “adultização” infantil promovida por influenciadores. No vídeo, ele acusa Hytalo Santos de sexualizar crianças e adolescentes para atrair cliques. A repercussão foi imediata: menos de 24 horas após a denúncia, as contas no Instagram de Hytalo e da jovem Kamylinha foram desativadas.
O vídeo, que viralizou rapidamente, já ultrapassou 10 milhões de visualizações, fazendo com que Felca ganhasse cerca de 2 milhões de seguidores no Instagram. Nele, Felca recapitula a trajetória de Kamylinha, mencionando que ela aparece em vídeos sensuais desde os 12 anos, tornando-se objeto de audiência infantil com conotação inadequada.
A denúncia reacendeu o debate sobre a presença de menores nas redes. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) está investigando Hytalo desde 2024 por exploração de menores. O processo inclui entrevistas com adolescentes, pais e responsáveis e pode determinar responsabilização penal ou medidas protetivas.
Felca também anunciou que está processando mais de 200 perfis na plataforma X (Twitter) por difamação, depois de ser injustamente associado à pedofilia. Para redução dos processos, ele propôs um acordo em que os envolvidos doem R$250 para instituições que combatem o abuso infantil.
A denúncia de Felca comportou também um tira-teima com quatro instituições que protegem a infância: o MPPB, o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública e a Childhood Brasil, todas sendo acionadas para apurar a responsabilidade das redes e dos responsáveis legais pelas crianças envolvidas.
O caso é um alerta: até onde vai a liberdade de expressão e a monetização de participações de menores? O episódio reforça a urgência de regras mais rígidas para criadores de conteúdo digital e plataformas, especialmente no que diz respeito à exposição infantojuvenil.